Naqueles dias
loucos
Comendo nada
Ânsia
desvelada
Na lua, meus
olhos nariz e boca
Regurgitando
os muros da cidade
Fazendo
papel de são
Papelão de
poeta desvirginando a solidão
Mentindo
horrores para o amor
Para longe
do destino
Guiando-se apenas
pelos girassóis estradeiros
Extra-amar
para quem viaja a perdido
Meio arco
cravado de lua no espaço
Vai dizer
que tem paz.
É só
continuar na lida
Só buscar as
emboscadas que não mentem
Os planetas,
nos bordéis-cortiços, batendo no chão
As crisálidas
purpureando a madrugadada
Cantando com
o orvalho doce, adagas do prazer
Agarrando
forte na crina do medo
E ainda
assim desafiando asteróides
E à boca de
carona em vendavais
O galope certeiro
dos dias loucos
Comendo nada
Mendigando
brilho nos submundos
Crente de
que nasceu na sina
Ânsia
desvelada
A buscar um tonel
dourado de paz.
Precisamente
preciso encontrá-lo
07/12/11
Álvaro Nassaralla
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