quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Borboleta cor de morango - Edu Planchêz

Mais um poema nolvo do poeta-irmão Edu Planchez!


BORBOLETA COR DE MORANGO
Edu Planchêz

ainda posso, ainda tenho o direito de escrever,
de mover a pedra do centro da máquina cabeça
resta-me uma placa, um continente sem nome,
um vulcão adormecido aparentemente;
olho para direita de meus ouvidos,
para a esquerda, para trás e para a frente,
para o inacabado dia
( um está vertido em águia, o outro,
em mil gramas de poeira celeste )
nunca cessa o canto gemido da floresta
dos antigos sonhos de mover nos nosso braços asas
por todo o negro corpo,
por toda a aspereza do ventre da cigarra
despida de todos os véus, 
a borboleta cor de morango se reinventa na flor