É que me vem cheiro de algo novo
De nascer acordado.
Sinto a estação aniquilada e vou ser certeiro
Tenho amor
E tão certo estou de que o profano
É o simplesmente humano
Vou lançar mão do brilhante aluvião de memórias
E ser um só para frente
Buscar amor no coração-lixo
Benzer-me animal anômalo das pradarias e dos trigais
Suspender o tamanho da tarde
Numa bola estranhamente bela por sobre a cabeça
Içando meu coração barcaça atroz do um quarto de lua
Torto herói maltrapilho que é o sol peneirado em
mata
Que as crianças todas do mundo vão reunir a rebelião
do riso
As estradas serão sem fim
Os entroncamentos serão raça
A fé errará, pois já estará acontecendo
Premiando o justo, destruindo a fome,
Encharcando o medo com magnólias prementes
Cicatrizando as chagas em forma de nectários bem
beijados.
O fruto será delicado
O sempre, ente cavaleiro
A vida, encanto difícil de acreditar.
O grave é acordar.
O enredo: verão definhando.
Os castelos: mentira.
Os muros, todos a cair.
Bússula, descontrolada.
Porque o outono já vem!
09/mar/12
A. Nassaralla
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