domingo, 29 de novembro de 2015

Lampejos - Hani Hazime


 
LAMPEJOS
(Hani Hazime)

- Coitado o homem, gente de bem
Ele pensa que preenche a mulher
Ao contrário do que ela quer: um só refém,
Ou um tapa-buraco, de seu prazer
- Por todos, é escolhido o homem, pela mulher
mas o homem, escolhe todas, por uma sequer
- Entre CPI e medidas legislativas
Mescla-se tudo, para fazer pizzas
- O patriota idiota, o nacionalista ufano
com voz alta grita:
O país é meu patrimônio
- Quando a morte me tenta, em seu negrume
Embora morrendo, continuo sendo, Hani Hazime
- Porque as flores, não chegaram a tempo
Nosso amor, virou simplesmente, um contratempo
- Liberta já, o teu cabelo
E me concede, um momento de anelo
- Ergue a lona do teu corpo
Sou acrobata que sempre salta a tempo
- Ela procura, o elixir da vida, na calada
E ele quer, o regalo no embalo, e a balada
- Os votos eternos, são selados nos lábios,
Pelos beijos, bem ternos
- A beleza dura pouco, não resiste ao tempo, tampouco
O amor é forte, só acaba, com a morte
- A lágrima da mariposa
Pairou na noitada, e decaiu na alvorada
Bem na palma da rosa.

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