Leste oeste
Parte primeira
das saudades animais,
Outono
Parte resposta
para quem procura dúvidas.
Poetas são
ovelhas negras
Viciados em
lua e paisagens solidões:
A antessala
das desolações
Assim como o
outono entra triunfante e vadio
Nos pátios e
Escorrega
úmido pelos muros.
Leste oeste
dos afagos e trocos
Sem parar
para a chuva,
Para as
pedras molhadas.
Já é outono!
Dançar livre
daqueles mais lindos olhos que já vi.
Acordar e a
colheita orvalhadeira
Madrugada
linda do negro dos seus olhos, mais lindos
Impossíveis
de profundos
Intragáveis
de belos
Mistura de
mato e cidade.
Leste oeste
tamareiro,
De lua de
quem vai falar o que não devia.
Atreve-se
poeta
Aquele que
ficou cantando o que não devia
Por causa
dos mais belos negros olhos de fêmea
Desejo
perfeito como o sol saindo do mar
Festa de
cores no mar resistindo
As cores do
céu malabarista da madrugada
O pedaço de
céu do lado da noite.
A outra
parte era você e seus solares olhos negros
Teciturando
o interno de minhas veias
Quando no
dia em que me vi inteiramente novo,
E já não era
mais criança
E só na sua
pele de azeite
Nas faíscas
e nas alturas
E eu já não
era mais a criança
Como sentir
aquela confusão
Confissão de
outono como colheita sem madurar
Chupar o
azedo doce do fruto do café
Café da cor
dos olhos mais lindos que já vi.
E amei.
A.
Nassaralla
25/março/13
A beleza do amor nas palavras do poeta. Obrigado!
ResponderExcluir